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23 de dezembro de 2024

Contents

O que é Tesouro Direto e como investir

Tesouro Direto: tudo que você precisa saber para investir com a segurança dos títulos públicos.

O qure é tesouro direto
Créditos: Imagem de Petra

Neste artigo iremos ver:

1) O que é Tesouro Direto

2) Como simular o rendimento do Tesouro Direto?

3) Custos de investir no Tesouro Direto

4) Quais impostos incidem sobre os investimentos em títulos públicos

5) Tipos de títulos

6) Vantagens de investir no Tesouro Direto

7) Desvantagens de investir no Tesouro Direto

8) Como simular o rendimento do Tesouro Direto

O que é Tesouro Direto

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a Bovespa (B3) para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, permitindo aplicações a partir R$ 30,00. 

O Tesouro Nacional é uma secretaria do Governo Federal, Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão do Ministério da Economia, responsável por administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos.

Quando você investe em títulos públicos, você está emprestando dinheiro ao governo, que irá pagar uma remuneração por esse empréstimo. Desse modo, investir em Títulos do tesouro é seguro, pois é garantido pelo Tesouro Nacional.

 

Como funciona o Tesouro Direto

Os investimentos no Tesouro Direto possuem rentabilidade e liquidez diária, por isso, podemos vender os títulos a qualquer momento, mesmo antes de seu vencimento. 

Para investir em títulos do Tesouro Direto, você precisa ter uma conta em uma Instituição Financeira habilitada, seja banco ou corretora de valores. No entanto, bancos podem cobrar taxas de intermediação superiores as cobradas por corretoras, e muitas corretoras nem cobram taxa para você investir, fique atento quanto a isso.

Custos de investir no Tesouro Direto

Mesmo que a sua corretora não cobre taxas para esse tipo de investimentos, é preciso saber que existe outros custos, como a taxa de custódia, que é cobrada pela Bovespa.

A taxa de custódia do Tesouro Direto é de 0,25% ao ano, incidindo sobre o total aplicado e não sobre a rentabilidade.

Tipos de Títulos do Tesouro

Prefixados

São os títulos em que você sabe qual será a rentabilidade que irá receber na data de vencimento, há uma taxa fixa.

Os títulos prefixados podem ser:


Tesouro Prefixado (LTN)

Rentabilidade definida, taxa fixa, no momento da compra. Nessa modalidade você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou de resgate.

Tesouro Prefixado com juros semestrais (NTN-F)

Rentabilidade definida, taxa fixa, no momento da compra. Nessa modalidade você receberá o valor os juros (rendimentos) semestralmente. Já o valor investido receberá na data de vencimento ou de resgate.

Pós-fixado

Título pós-fixado é aquele que é atrelado a um indexador, eles acompanham um índice, como o CDI, IPCA, SELIC, e sua remuneração fica atrelada a esse índice predefinido. Dessa forma, sua remuneração vai depender de como esse índice vai se comportar durante a aplicação.

Os títulos pós-fixados podem ser:

Tesouro Selic (LFT)

Títulos com rentabilidade diária vinculada à taxa de juros básica da economia (taxa Selic). Nessa modalidade você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou de resgate.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal)

Esse é um Título híbrido, pois sua rentabilidade é vinculada à variação do IPCA (Inflação) mais os juros definidos no momento da compra. Nessa modalidade você receberá o valor investido acrescido da rentabilidade na data de vencimento ou de resgate.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B)

Parecido com o Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal), sua rentabilidade é vinculada à variação do IPCA (Inflação) mais os juros definidos no momento da compra. A diferença é que você receberá o valor os juros (rendimentos) semestralmente. Já o valor investido receberá na data de vencimento ou de resgate.

O que é Tesouro Renda Mais
Créditos: Imagem de Tumisu

Tesouro Renda+

É o novo título Tesouro Nacional, lançado em 2022 e disponível desde o final de janeiro de 2023.  O Renda mais é uma Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B), pois parte do seu rendimento é atrelado à inflação, assim como o do Tesouro IPCA+.

Esse novo título tem um intuito se servir como complemento de renda na aposentadoria. 

O Renda Mais possui um período de acumulação e outro de recebimento, da mesma forma como ocorre na previdência privada. 

Para saber mais sobre previdência clica aqui

O período de acumulação é quando ocorre os aportes de recursos pelo investidor, em outras palavras, é o período em que o investidor acumula dinheiro. 

No período de recebimento, é quando o investidor começa a receber o dinheiro aplicado ao longo do tempo, juntamente com os rendimentos.

No Tesouro Renda+ o valor acumulado é pago ao longo de 20 anos, ou seja, em 240 parcelas mensais. Durante esse período, o valor tem correção mensal pela inflação até a data final, visando preservar o poder de compra do investidor.

Resumindo, uma pessoa investe no Tesouro RendA+ para receber o valor investido mensalmente no futuro.

A grande diferente do Renda Mais em comparação com os outros títulos públicos é que no Renda+ o recebimento é parcelado, nos demais títulos o resgate é de uma única vez no vencimento do título.

Tributação no tesouro direto
Créditos: Imagem de Markus Winkler

Tributação do Tesouro Direto

Imposto de Renda

Como ocorre na maioria dos investimentos em renda fixa, há incidência de imposto de renda sobre os rendimentos. O pagamento do IR é feito na hora do resgate, de forma automática. 

A alíquota do imposto de renda é regressiva, ou seja, quanto mais tempo você fica com o título, menos imposto de renda você pagará. Veja a tabela de imposto de renda abaixo:

 

Prazo

IR a ser pago

 

 

Até 180 dias

Alíquota de 22,5%

De 181 a 360 dias

Alíquota de 20%

De 361 a 720 dias

Alíquota de 17,5%

Acima de 720 dias

Alíquota de 15%

IOF

Além do imposto de renda, você também pode ser cobrado pelo IOF (Imposto de operações Financeiras). Assim como o imposto de renda, o IOF tem uma tabela regressiva. Vale ressaltar que, ficando com o título por pelo menos 30 dias, você não pagará IOF. Em razão disso, recomendamos para quem for investidor no Tesouro Direto, que esteja atento a isso. Veja a tabela do IOF abaixo:

 

Nº Dias

Alíquota

 

Nº Dias

Alíquota

 

Nº Dias

Alíquota

1

96%

 

11

63%

 

21

30%

2

93%

 

12

60%

 

22

26%

3

90%

 

13

56%

 

23

23%

4

86%

 

14

53%

 

24

20%

5

83%

 

15

50%

 

25

16%

6

80%

 

16

46%

 

26

13%

7

76%

 

17

43%

 

27

10%

8

73%

 

18

40%

 

28

6%

9

70%

 

19

36%

 

29

3%

10

66%

 

20

33%

 

30

0%


Aplicações e resgates podem ser feitos apenas nos dias úteis, com os preços e taxas operados no momento da transação.
Os títulos podem ser vendidos antes de sua data de vencimento, no entanto, o valor da venda pode ser maior ou menor do valor comprado. 
Dessa forma, é recomendado que você invista no Tesouro Direto tendo em mente ficar com eles até o seu vencimento, quando você receberá o valor investido mais a rentabilidade acordada.
Existem títulos com pagamento de Juros Semestrais.

Vantagens de investir no Tesouro Direto

1) Proteção contra a inflação: geralmente os rendimentos do tesouro direto supera os índices de inflação;

2) Baixo Risco: Por ser títulos públicos o risco de inadimplência é muito baixo, quem garante seu investimento é o Governo Federal.; 

3) Investimento com pouco dinheiro: Você pode investir a partir de 30 reais;

4) Liquidez elevada: Os títulos públicos do tesouro direto possuem alta liquidez, desse modo, mesmo que você precise vender um titulo antes do prazo, conseguirá faze-lo facilmente, e o dinheiro aplicado estará em sua conta em até dois dias úteis.

5) Rentabilidade superior ao da poupança.

Desvantagens de investir no Tesouro Direto

1) Prazos de resgates geralmente longos: a rentabilidade somente é garantida no vencimento dos títulos. Desse modo, há possibilidade de perdas em resgates antecipados;

2) Marcação a mercado: Consiste na variação de preços do papel a cada dia. Assim, os títulos prefixados e atrelados à inflação podem ter flutuação de preços para cima ou para baixo diariamente;

3) Rentabilidade menor que títulos privados: Muitas vezes títulos privados, como a LCA, LCI ou CDB possuem maior rentabilidade, no entanto, o risco desses títulos também são maiores. 

Como simular o rendimento do Tesouro Direto?

No site do Tesouro Direto existe um simulador que o investidor pode simular qual será o rendimento de cada Título Público se o resgate for na data de vencimento.

Para entrar no simulador click aqui no link abaixo:

Riscos de se investir no Tesouro Direto

Dentre os riscos envolvimentos no Tesouro Direto, destacamos:

1) Risco da Inflação: Para o investidor que não comprar títulos atrelados ao IPCA (índice da inflação), há o risco da inflação ser maior que a rentabilidade do título e assim a pessoa perder poder de compra. Dito isso, o ideal é o investidor possuir títulos atrelados a inflação e a outros índices de como a diversificar seus investimentos.

2) Risco da Taxa de Juros: Risco atrelado aos títulos atrelados a SELIC. Caso a SELIC fica em patamares baixos, o investidor terá um menor rendimento.

 

Caro leitor, encontrou alguma incorreção no texto acima? Acredita que falta algo no texto? Escreva para nós em: contato@basedoinvestidor.com.br.